Dorme Pretinho, videoclipe da música inédita de Lia de Itamaracá, faz um recorte poético da infância de Lia com sua mãe Matildes na Ilha de Itamaracá. Era do mangue que Matilde tirava parte do sustento e alimentava Lia e seus irmãos. A partir dessas memórias, o clipe navega pelo ofício das mulheres marisqueiras da Ilha que, por gerações, nutre seus filhos e a comunidade.
Sr. Fernando é um homem simples que faz sua arte com igual simplicidade. Utilizando o barro como matéria-prima, ele faz carrinhos e outras peças comuns ao seu cotidiano, exercendo ao máximo sua potência criativa de maneira orgânica.
O filme acompanha a saga do brincante João de Cordeira, um artista que luta para manter viva a tradição do Bloco de Caboclinhos do Sítio Melancia da cidade de João Alfredo, Agreste Pernambucano. Seu João, 78 anos, além de artista popular é agricultor aposentado e tinha o sonho de prestar uma homenagem ao seu avô na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. O filme mostra a viagem do artista popular, da escolha de semente na árvore de Tambor ao encontro com o solo de seu antepassado.
Maninha Xukuru-Kariri: liderança indígena de Palmeira dos Índios com atuação significativa no movimento indígena nacional nas décadas de 1980 a 2000. A memória desse protagonismo constitui ferramenta política na formação do olhar e desconstrução de preconceitos, além do uso da biografia na formação de novas lideranças indígenas.
Carlos, uma criança muito criativa, sempre considerou seus olhos como sua maior fonte de diversão. Na adolescência, após ser diagnosticado como diabético, ele descobre que logo deixará de enxergar. A história é contada a partir do ponto de vista do protagonista, que recapitula as diferentes fases de sua vida, dividido entre a contemplação de um mundo repleto de imagens e o desafio de conviver com a cegueira.
Tá Fazendo Sabão é um filme ensaístico que retrata a construção da identidade e sexualidade da criança preta sapatão. Narrado e documentado em primeira pessoa, o curta apresenta em sua trama os vínculos afetivos que unem a garotinha moleque macho às mulheres negras de sua família em uma performance atemporal e surrealista.
Unindo múltiplas linguagens artísticas; cinema, dança, performance, interpretação, música, animação, fotografia e uma direção de arte afinada o filme despretensiosamente traz allexandrea x artista contemporâneo, apresentando a vida e obra de Moleque Namorador, histórico, ilustre Alagoano, Rei do Passo, na década de 30/40 à medida que o próprio artista também se apresenta buscando elos vivenciados por pessoas afro diaspóricas em tempos distintos na Maceió/AL 2020, que passou e passa até hoje por um apagamento e invisibilização da cultura, tradição, arte e referências de pessoas afro diaspóricas que fazem e fizeram história por essas bandas.
Entre as muitas memórias da mãe espalhadas pelo apartamento, Dália, um peixe de aquário, era a última herança viva.
Solange é uma mãe e avó solteira que trabalha como manicure numa cidade de interior. Tendo sua rotina afetada pela montagem de um set de filmagem na frente de casa, Dona Sol fica com a audição e visão aguçadas, precisando compartilhar o mesmo tempo e espaço com a produção audiovisual forasteira. Ela tem em casa uma porta e uma janela, que se abertas, dão acesso direto ao cinema.
Um grupo de fiéis de uma pequena igreja parte para um monte, onde realizarão uma vigília de oração. Durante a ocasião, diferentes eventos farão com que os membros do grupo questionem o meio em que estão e os princípios que decidiram seguir.
Na afiada ponta da faca, mulher prepara uma receita de picado que não está em nenhum livro de culinária. O curta é adaptado do conto homônimo da escritora baiana Luciany Aparecida sob assinatura estética de Ruth Ducaso.